Mas, naquele dia, estava demasiado fora de mim para ouvir os trovões que pairavam no céu.
Nesse dia, não me importava de ir à Lua, porque sabia que era feita de queijo, e os lacticínios não me amedrontavam.
Naquele dia, não me importava de ir ao Sol, sabendo que estava imenso calor, pois na minha imaginação o Algarve era o sítio mais quente onde pudera estar.
Naquele dia, que não está assinalado como feriado ou um dia diferente de qualquer outro, eu fui outra pessoa. O meu pseudónimo andou à solta, fugiu da minha cabeça e encarnou o meu corpo.Nesse dia, não me importava de ir à Lua, porque sabia que era feita de queijo, e os lacticínios não me amedrontavam.
Naquele dia, não me importava de ir ao Sol, sabendo que estava imenso calor, pois na minha imaginação o Algarve era o sítio mais quente onde pudera estar.
Nesse dia, chamavam o meu nome, vezes e vezes e não olhava, Não olhava porque não podia ser eu, não podia ser eu, jamais cometeria tais loucuras, tais disparates, tão desafios (…) Nunca precisara de sentir-me tão selvagem, tão viva, tão livre.
Porquê agora? Era só mais um dia (…)
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