segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

19-12-2011

As coisas aparecem. Desaparecem. Alteram-se. Ficam iguais. Crescem e diminuem. Encolhem e esticam. Dizem "adeus" e "olá". Afirmam e negam. Estão intecisas. Morrem. Nascem. Pedem desculpa. Cometem erros. Iludem-se. Desiludem-se. Mudam de lugar, permanecem no mesmo sítio. Desapertam laços. Criam ligações. Amam. Odeiam também. Dizem que sim, pensam que não. Dizem "não sei", sabendo a resposta. Mentem e depois dizem a verdade. Não sabem o que fazer, fazem-no sem pensar. Depois arrependem-se. Choram. Limpam as lágrimas. Prometem não chorar mais. Choram e esquecem as promessas. Interrogam-se acerca de tudo, dizem não ter nada. Abraçam e deixam de abraçar, beijam sem vontade. Fazem as malas mas não vão embora. Abandonam sem avisar. Avisam que foram depois de ir. Riem-se sem motivo. Bebem por beber. Drogam-se para esquecer que não cumpriram uma promessa. Que mais tarde não cumprem na mesma. São falsos. São verdadeiros. Vão e vêm, riscam e apagam. Levantam-se antes de cair. Fazem feridas depois de se magoarem. Vestem-se para estar em casa. Estão em silêncio. Não sorriem. Não se mexem. Não respiram, não espirram. Estão só quietos. E morrem. E tudo se repete ou pára. Ninguém sabe. Ninguém se proecupa a saber. Não há pressa, há inquietação. Tudo está a mexer-se, o Mundo não pára. Gira, gira... E eu aqui.

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