segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Esperei por ti

Esperei por ti. Esperei por ti todas aquelas horas encostada à parede onde tantas vezes rabisquei a lápis o teu nome, no meu quarto onde tantas outras vezes tinhas estado. Esperei por ti, olhando pela janela, espreitando pela porta. Esperei por ti onde quer que estivesse, porque para mim aparecerias em qualquer lugar. Esperei por ti quando sabia que não vinhas e quando na minha cabeça só estavas a ter uma longa viagem. Esperei por ti quando chovia e quando fazia sol, quando estava bem e quando só ficaria se te visse. Esperei por ti ingenuamente e só deixei de esperar quando percebi que estava a ser ingénua.

Esperar por ti foi um erro tão grave como acreditar que esperar te traria de volta. Esperei por ti porque na minha cabeça era cedo demais para dizer adeus. Esperei por ti porque para mim era tarde demais para me afastar. Esperar por ti foi alimentar um sonho que decidiste destruir por mero medo de errar.

Esperei… esperei… e esperei. Mas tu não voltaste. E então tive que crescer sozinha, tive que ultrapassar as minhas dificuldades sozinha, ou por e simplesmente sem ti. E sabes que mais? Não foi assim tão difícil. Tu não és tanto como julgas, e julgo que te achei mais do que eras.

Esperar é um erro quando alguém não quer ser esperado. Por isso não esperes: sempre que te disserem adeus, acena também.

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