sábado, 12 de novembro de 2011

Gosto de ti

Gosto de ti. Gosto do teu cabelo e da cor do teu olhar. O teu tom de pele brilha ao luar, gosto dele. Gosto do teu sorriso, é bonito. Gosto da forma como tartas a tua família, os teus amigos e o Benny, o teu pequeno ratinho. Gosto do brilho dos teus olhinhos, fazem-me lembrar a minha infância. Gosto das fotografias que temos juntos, fazem-me lembrar grandes tardes debaixo da macieira do meu pomar. Ah, gosto de me lembrar dessa macieira, dá belas maçãs. Gosto delas para fazer doce e com esse doce gosto de fazer tostas para nós comermos naquelas tardes de Verão. Gosto de dá-las a provar à minha mãe e peço-lhe sempre opinião. Ela é uma excelente cozinheira e gosta muito de mim, diz que um dia serei uma princesa. Gosto dessa ideia, gosto mesmo de fantasiar grandes romances de fadas ou bruxas, mas sempre com um final de festa, alegria e paz.
Gosto de cantar e de te ouvir a ti a cantar. Gosto quando vamos a pé ao café do teu tio João e cantamos juntos karaoke, gosto de ver que te esforças ao máximo para vencer. Gosto de competição e não gosto de rapazes que me deixam ganhar, por achar o sexo feminino inferior. Gosto de justiça. Tu és justo, gosto disso.
Gosto da justiça que fazes com os rebuçados que partilhas com os teus colegas. Gosto deles, são simpáticos. Gosto das coisas que fazemos todos juntos, e gosto de te contar o que faço quando não estou contigo. Sei que gostas de ouvir, és um bom ouvinte.
Gosto que me contes tudo, mas não te peço para me contares o que queres omitir. Percebo que queiras privacidade, eu também a quero. Gosto de quando, ao final do dia, nos sentamos em frente à lareira e falas minutos a fio sobre os teus projectos de vida, e no final, meio envergonhado, me perguntas se foi secante. A minha resposta é sempre "não" e depois esboço um sorriso de sinceridade e cumplicidade. Sei que ficas feliz ao contares o teu dia e sei que gostas que o oiça em silêncio, de mão dada com a tua.
Gosto de saber que confias em mim para me contares quando estás bem ou mal, e para, como consequência, me dizeres o que te aflige e o que posso fazer por ti.
Tento sempre ajudar-te, por mais que não seja com umas palavras encorajadoras, vindas do fundo do coração. Tu também me apoias em tudo, fico grata pela confiança que me dás e tento trasmiti-la para ti.
Gosto que me ajudes a superar os meus medos. Fico feliz quando te confesso ter medo do escuro e de vampiros e tu me dizes, num tom muito cúmplice e verdadeiro, que estás comigo para o que vier e que, depois de ultrapassar os meus medos, nada passará de pequenos receios.
Gosto mesmo de ti.

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